Meus secretos amigos

fevereiro 23rd, 2008 by franklin Leave a reply »

Esse vai para os meus amigos

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta
necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o obj
eto dela se divida
em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme,
que não admite a rivalidade, e eu poderia suportar,
embora não sem dor, que tivessem morrido
todos os meus amores, mas en
louqueceria se morressem
todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências…
Há alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas porque não os procuro com assiduidade
, não posso lhes
dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar!

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na
sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
em
bora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles
não tem noção de como me são necessários, de
como são indispensáveis ao meu equi
líbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí e se tornaram alicerces
do meu encanto
pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho porque essa minh
a prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares mar
avilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
c
ompartilhando daquele prazer…

Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida não me permite
ter s
empre ao meu lado, morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos,
e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca
vão saber que são meu
s amigos!”

Esse poema é do Pauo Sant’Ana, apesar dele ser um velho caquético, louco e gremista, ele sabe escrever, ÀS VEZES, coisas legais.

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1 comment

  1. Jone disse:

    afude,afude…
    hsahuashusahuashuashusa
    ?

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